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domingo, 12 de dezembro de 2010

7a. Semana - Saúde na Escola

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STRESS E ANSIEDADE NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
Prof. Paula Fernandes

Atualmente há muitos estímulos, muitas informações, a tecnologia é cada vez maior e isso acaba gerando mais cobranças e cada vez menos se tem espírito de equipe e sentimento de solidariedade.
O stress e a ansiedade são reações do organismo diante de situações difíceis ou excitantes, e pode atingir qualquer pessoa, em algum momento da vida.
Em períodos de stress e ansiedade, a pessoa fica em estado de desequilíbrio, e neste momento cada órgão passa a trabalhar em ritmo diferente dos demais. Dependendo da duração dos sintomas e da interpretação dos estímulos, há uma quebra do equilíbrio interior e o enfraquecimento do organismo, gerando alguns sintomas específicos e doenças.

A ansiedade é uma característica biológica e psicológica que antecedem momentos de perigo (real ou imaginário), marcada por sensações corporais, como vazio no estomago, taquicardia, sudorese, medo intenso, aperto no peito, rubor, calafrios, confusão, “nó” na garganta, etc.
Estes sintomas em crianças e adolescentes que ainda não tem maturidade e nem as estratégias para lidar com essa situação. A ansiedade nem sempre é ruim, ela só não pode impedir a pessoa de viver outras coisas em função desta ansiedade.
O stress infantil pode ter fatores internos e externos. Dos fatores internos, vai depender das características da personalidade, dos pensamentos e atitudes da criança, diante das situações de vida diária e depende da maneira que ela percebe a si mesma e o mundo à sua volta.
Ansiedade, depressão, desejo de agradar, medo do fracasso, preocupação com mudanças físicas, dúvidas quanto à sua  capacidade, interpretações amedrontadoras, entre outras características, podem ser stressores da infância.
Dos fatores externos, leva-se em consideração as mudanças significativas, responsabilidades e atividades em excesso, brigas ou separação dos pais, nascimento de irmãos, doença e hospitalização, troca de professora ou de escola, pais ou professores stressados, medo do pai alcoolista e até doenças dos pais.

Quando o stress infantil não for tratado, pode gerar consequencias como asma, úlceras, alergias, distúrbios dermatológicos, diarréias, tiques nervosos, dores abdominais, resistência reduzida (vulnerabilidade à outras doenças), hipertensão arterial, obesidade e bronquite.
As situações stressantes vão depender de acordo com a interpretação de cada um, e de acordo com a maturidade.

O professor pode contribuir para melhorar o stress infantil, buscando conhecer o aluno, conversar, motivar para as aulas e para a escola, incentivar as perguntas, escutar sem fazer críticas, promover a autoconfiança, respeitar o ritmo individual, promover atividades em grupo e outras atividades calmas.

O professor é modelo, tomando cuidado para não passar para os seus alunos problemas pessoais ou profissionais, pois isso pode gerar uma confusão no processo ensino aprendizagem e a escola pode ser uma fonte geradora de stress.
A ansiedade e o stress infantil não se manifestam de forma isolada, e é preciso encaminhar a criança para um especialista quando necessário.
O objetivo em se trabalhar o stress infantil e a ansiedade é promover a saúde da criança, para que ela consiga enfrentar as mudanças que ocorrem em sua vida e tenha um desenvolvimento de forma integral, em todos os ambientes.

DEPRESSÃO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA.
Prof. Paula Fernandes

Por algum tempo as crianças não foram (ou não pareciam ser) afetadas pela depressão. Atualmente as crianças estão tão suscetíveis quanto os adultos, e tal condição  interfere na vida diária, nas relações sociais e escolares.
A depressão é um transtorno de humor ou afeto, um sentimento de tristeza profunda, associado a sintomas fisiológicos e orgânicos.
Para que se tenha um  diagnóstico de depressão, segue–se os critérios do CID 10 e DSM – IV, e para ser classificado como tal é necessário um conjunto de sintomas e que perdure por mais de um mês.
A depressão apresenta  um humor deprimido (tristeza, desesperança), perda de interesse e prazer por atividades que antes se mostravam prazerosas, diminuição da energia, ocorre significativa falta de animo que interfere na vida pessoal.
Para as crianças, a depressão tem uma causa multifatorial, que podem ser:
Biológicas: genética, estrutura e química do cérebro;
Psicológicas: stress, traumas, desamparo, forma de perceber e lidar com o mundo;
Sócio-culturais: papéis, expectativas, suporte social;
   Fatores de risco para a depressão infantil:
·         Histórico familiar de depressão
·         Sexo feminino
·         Episódios anteriores de depressão
·         Acontecimentos stressantes
·         Dependência de drogas
·         Violência doméstica
·         Elevada exigência acadêmica

Sintomas mais característicos da depressão :
  • Tristeza, falta de motivação, solidão, humor deprimido, irritável ou instável,
  • Mudanças súbitas de comportamento, como explosão de raiva, brigas, mudanças de apetite/peso, dificuldade em divertir-se,
  • Queixas como; tédio ou “sem nada para fazer, preferência por atividades solitárias,
  • Queixas físicas; cansaço, falta de energias, dores de cabeça, dores de barriga, insônia, pensamentos recorrentes de morte, idéias e planejamento de suicídio, preocupações, sentimento de culpa, baixa auto-estima, hipoatividade, fala em ritmo moroso.

Na escola os sintomas de depressão são percebidos pelos seguintes sintomas:
·         Queda no rendimento escolar
·         Falta de concentração
·         Perda de interesse pelas atividades
·         Falta de motivação
·         Pensamento lentificado
·         Impulsividade e irritabilidade
·         Choro fácil
·         Isolamento
·         Na sala de aula e no recreio
·         Dificuldade nos processos cognitivos

Além das dificuldades sociais e escolares ,o desenvolvimento e o funcionamento social da criança e do adolescente também são afetados, e, caso não seja bem tratado,  recor à vida adulta.
Os tratamentos podem ser feitos com medicação, com psicoterapia, o suporte familiar é importante, Psicoeducação: é uma rede de apoio incluindo o social, escola, trabalho e amigos.

Na escola é importante estar atento à alguns aspectos importantes como identificar antecedentes do episódio depressivo, minimizar o impacto negativo dos sintomas depressivo, aumentar a eficácia dos esforços de soluções de problemas, a pessoa precisa procurar internalisar e se utilizar de alguns subterfúgios e  habilidades para lidar  melhor com problemas futuros.


É necessário que o professor fortaleça os vínculos  e esteja atento às condições que garantam a busca por ajuda em todos os contextos, auxiliando também, se possível, a  escola, pais e amigos. A integração de todos os ambientes e a conscientização para com a situação da criança ou adolescente contribuem muito para amenizar o quadro depressivo na infância e adolescência.

7a. Semana - Educação e Construção de Valores

PRÁTICAS DE CIDADANIA
Prof Patricia Junqueira


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“A perspectiva psicossocial que entende a realidade social como um processo de construção histórico – cultural e essa perspectiva analisa a realidade social a partir das imbricações de várias lógicas que determina historicamente as transformações que acontecem na experiência humana. Neste sentido o sujeito humano é compreendido como um sujeito histórico, que se reconhece que é produtor dessa realidade social, cultural e histórica na qual esta inserido e ao mesmo tempo e determinado por essas conjunções históricas e culturais".
Conhecer inicialmente as características e o contexto de vida da realidade social em que se pretende trabalhar e a partir desta interlocução constante estabelecer parcerias que objetivem essa regulação das relações e a aproximação dos diferentes saberes.
A partir das escolhas, acontecem as AÇÕES, de acordo com crenças e representações atribuídas a cada indivíduo.

Para se fazer um trabalho social é necessário que o mesmo seja efetuado sob a perspectiva e necessidades da comunidade e não simplesmente propor um projeto provindo de acúmulos de conhecimento de pessoas “internas” à escola, e não inseridas na comunidade a que se trabalha. Se não houver interlocução com as práticas e as crenças das pessoas, encontraremos resistência no trabalho com a comunidade.
Estreitar relações entre o saber científico e o senso comum.. A relação entre o saber científico e o saber popular precisa ser mediado pela compreensão do sentido constituído pelo sujeito e pelas representações deste saber.
Etapas para a elaboração de projetos de atenção direta:
Ø  Reconhecimento, caracterização e contextualização do campo;
Ø  Estabelecimento de conversas, diálogos....
Ø  Estabelecimento de parcerias com comunidades-alvo e seus representantes, inclusive “figuras-chaves” desta comunidade;
Ø  Levantamento conjunto das demandas a serem atendidas;
Ø  Parceria SIMÉTRICA e HORIZONTAL (ninguém é melhor que ninguém);
Ø  Problematização das demandas e definição dos temas dos projetos (levantar os verdadeiros PROBLEMAS, a ORIGEM deles, para que o projeto seja mais efetivo, desta forma alcançando as questões de fundo para os problemas que esta comunidade apresenta;

Na elaboração do projeto é preciso:
Ø  Definir os objetivos (quanto mais sintéticos e claros, melhor a realização e definição das estratégias do projeto) ;
Ø  Público alvo (O que é de maior relevância? Por exemplo, em uma problemática como a indisciplina, pode-se não apenas trabalhar com as crianças em si, mas dar suporte à pais, responsáveis e outros cuidadores com a crianças)
Ø  Metodologias e estratégias de intervenção (APÓS as etapas anteriores, atingindo os objetivos determinados);
Ø  Resultados esperados;
Ø  Cronograma (sem um bom cronograma, é provável que o projeto “se perca” no decorrer do processso. Precisa haver um cronograma bem definido);

O FENÔMENO DO BULLYING
Prof. Kátia Pupo

Se adotou o termo em inglês por não se ter um termo que fosse adequado para representar o bullying, que pudesse dar conta de todos os fenômenos que se atribui ao bullying.
BULLYING: Atitudes agressivas que ocorrem sem uma motivação evidente, podem ser adotadas por um jovem/criança com relação AA outro, ou um grupo referente a outro.

v  Humilhações
v  Xingamentos
v  Difamação
v  Constrangimento
v  Menosprezo
v  Intimidação
v  Ameaças
v  Exclusão
v  Perseguições
v  Agressão Física
v  Roubo

Jovens: Ao estar em contato com jovens, eles achavam que não existia nada a ser feito a respeito, contra esta atitude.
As escolas, por reunir uma quantidade significativa de jovens e crianças o fenômeno do Bullying fica mais freqüente/ evidente.
Dados ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência):
  • 40,5% dos Adolescentes
  •  Ocorrem em Sala de Aula
  •  50% das vítimas não denunciam, por se sentirem ameaçadas, envergonhadas, etc
  •   Meninos: Agressão Física
  •  Meninas: Intrigas, difamação e exclusão

O fenômeno do bullying começou a ser estudados a uns 30 anos atrás. Ele ocorre geralmente em grupos de crianças e adolescentes, e na escola há um grande grupo de jovens e por isso acontecem muito neste local.
Os educadores precisam diferenciar o que é uma brincadeira de mal gosto de um bullying, senão corremos o risco de caracterizar algo isolado como tal.
1.      Acontece várias vezes
2.      Ação mais prolongadas, semestre, ano ou até anos
3.      Não há nada que justifique...
4.      Desiquilíbrio de poder, a vítima não tem possibilidade de defesa;.
5.      Normalmente o “mentor” do bullying não a pratica, são líderes e coagem outras pessoas para que elas executem a violência
6.      Dificuldade em lidar com lideranças
7.      Alguma característica faz com que a pessoa tende a ser uma vítima mais freqüente do bullying
8.      A criança/adolescente pode “provocar” a situação, por meio de suas próprias características, como portadores de DTAH.
9.      Os agressores tendem a ser jovens de desempenho escolar regular ou insuficiente
10.  Não tem escrúpulos em mentir para não assumir o caso
11.  Não costuma seguir regras, normalmente é agressivo, rude, etc
12.  EXPECTADORES: Muitas vezes assistem e não defendem nem denunciam, ou ainda incentivam a violência.
O FATO DE TER UMA DAS CARACTERÍSTICAS NÃO SIGNIFICA SER EXECUTADOR DE BULLYING, PODE SER UM CASO ISOLADO.... PARA SER BULLYING PRECISA SER FREQUENTE.

                               VÍTIMAS
  • Pouca habilidade de socialização
  • Dificuldade para reagir às agressões
  • Características físicas, comportamento, condição socioeconômica ou orientação sexual diferentes
  • Hiperativos e impulsivos
  • Muitas vítimas tornam-se agressores
  • Não pedem ajuda por medo de retaliação ou por não querer decepcionar os pais
AGRESSORES
  • Ambos os sexos
  • Desrrespeito às normas
  • Dificuldade de lidar com frustração
  • Liderança
  • Pequenos delitos
  • Desempenho escolar regular ou insuficiente
  • Ausência de culpa
  • Desafiadores e agressivos
  • Dificuldade em lidar com figuras de autoridade
  • Mentiras constantes


ESPECTADORES
  • Omissão diante de cenas de violência física ou moral
  • Passivos: medo de se tornarem vítimas
  • Ativos: dão apoio moral aos agressores
  • Alimentam impunidade
  • Contribuem para o crescimento do Bullying


CYBERBULLYING
OU BULLYING VIRTUAL
  • Uso dos recursos da internet
  • Efeito multiplicador e duradouro
  • Anonimato
  • Impunidade
  • Maioria adolescentes
  • Passível de ação penal



CONSEQUÊNCIAS
  • Tendência ao isolamento
  • Dificuldade de participar das discussões em sala de aula
  • Queda de rendimento escolar
  • Fobia escolar
  • Mudanças de humor
  • Insônia, sintomas de dor de cabeça, estômago
  • Irritadas, ansiosas ou tristes
  • Mais propensas a desenvolver transtornos afetivos, depressão, anorexia, bulimia, síndrome do pânico
  • Suicídio e homicídio



EM CASA OS PAIS DEVEM OBSERVAR SE AS CRIANÇAS ESTÃO COM MUITAS QUEIXAS, EVITAM IR A ESCOLA, SOMATIZAM  SINTOMAS...
OS PROFESSORES TAMBÉM PRECISAM ESTAR EXTREMAMENTE ATENTOS PARA NÃO SEREM CONIVENTES COM TAIS ATITUDES, QUE PODEM GERAR GRAVES CONSEQUÊNCIAS, ATÉ MORTALIDADES.

TODOS PRECISAM ESTAR CIENTES...
OCORRÊNCIA DE ASSEMBLÉIAS, CRIAR ESCOLAS DEMOCRÁTICAS,
EDUCAR PARA A PAZ, CRIAR UM AMBIENTE DE CONFIANÇA,
ESTABELECER MUITO BEM REGRAS E LIMITES.
EFICIÊNCIA AO MOSTRAR QUE TAL ATITUDE NÃO SERÁ TOLERADA !

Você sabe o que é BULLYING?

6a. Semana - Educação e Construção de Valores

ASSEMBLÉIAS ESCOLARES E DEMOCRACIA ESCOLAR
Coord. Ulisses Araújo
Coord, Direção, alunos e Professores da Colégio Comunitário Campinas

Há basicamente e tipos de Assembléias:
  1. ASSEMBLÉIA DE CLASSE - Acontece dentro de sala de aula, e tem por função regular as ações dos alunos dentro de sala de aula. Duas cartolinas onde são escritas as críticas e felicitações.
  2. ASSEMBLÉIA DE ESCOLA/CURSO - Assembléia geral da escola, com representantes de cada classe)
  3. ASSEMBLÉIA DOCENTE – uma vez por mês com uma pauta previamente estipulada, professores e coordenadores estão presentes. Ajuda nos conflitos e relações entre os próprios professores, e consegue vivenciar a situação que a criança vive.
Espaço democrático –  Trabalho sistematizado criando um ESPAÇO DE DIÁLOGO

assembleias escolares e democracia escolar | crianças , falamos sobre o que é assembleia e hoje discutiremos algumas críticas que vocês apontaram no cartaz. quem vai falar pela sala?
 professora, queremos criticaR O EXCESSO DE BRIGAS NA ESCOLA | É VERDADE
BOM E QUE SUGESTAO VOCÊS ME APRESENTAM? | PODERIA SUSPENDER ESSES ALUNOS...

·         É feito um cartaz com CRÍTICAS, FELICITAÇÕES E SUGESTÕES
·         Onde TODOS  tem possibilidade de se colocar
·         Abertura aos alunos para saber sobre seus sentimentos, emoções, atitudes, etc
·         Resolução democrática em sala de aula
·         Resolução de conflitos cotidianos
·         Reforçar um espaço democrático, participativo
·         Reforço da ética e autonomia
·         Busca de soluções através da autonomia, sabendo resolver os conflitos de forma responsável e respeitosa
·         Não haver obstáculos
·         Crítica a FATOS e não PESSOAS
·         Metodologia flexível em função do que é evidenciado nas próprias assembléias
·         As próprias crianças assumem o compromisso com relação aos conflitos
·         “Assembléia dos ratinhos”...  A busca de soluções para problemáticas
·         Regras da assembléia
·         Tentativa de resoluçãao de problemas e reforço das coisas boas que acontecem
·         O grupo se apóia nos fatos bons e resolvem o que não está correto
·         Votação nas soluções, prevalece a democracia
·         A busca de soluções não está só mais nas mãos dos professores
·         Redução dos conflitos como conseqüência das ações democráticas, tornando os comportamentos em níveis democraticamente aceitáveis


DIVERSIDADE/ PLURALIDADE CULTURAL NA ESCOLA
Profa. Daniela Kovalewsk


Pensamento sobre o maior acesso dos estudantes a escola, e, consequentemente, o aumento da diversidade.
A diversidade marca nossa escola e também nossa vida social.
Quando falamos sobre pluralidade/ diversidade/ multiculturalismo e embora trabalhem com a mesma questão, cada um dos temas traz epistemologias distintas

Igualdade de todos X Diferença de cada grupo específico ?

 Silvia Duschatzky e Carlos Skliar (Texto "Nome dos Outros"),  classificam quem está na escola, o outros de algumas formas tais como:
OUTRO : fonte de todo mal, fonte da doença , que deve ser perseguido e isolado.

O OUTRO COMO SUJEITO PLENO DE UMA MARCA CULTURAL: Aquele que está "preso" a uma marca de cultura, sem levar em conta outras características e singularidades,

O OUTRO COMO ALGUÉM A TOLERAR: O outro tolerado também é o outro desprezado, não quer dizer que a escola pode trabalhar enaltecendo ou amenizando os preconceitos.

COMO OS PROFESSORES TEÊM LIDADO COM AS DIFERENÇAS EM SALA DE AULA? O QUE É SER "NORMAL"?


Embora a diversidade no Brasil seja bem evidente, a  pouco tempo  as questões das diferenças são abordadas no campo educacional, sendo diretrizes educacionais, que passam a ser tema transversal em 1998 nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Em 2006 a lei 10.639 trás a obrigatoriedade da educação de história da África e de cultura afro brasileira em nossas escolas. Em 2008 esta lei é complementada com a lei 11.645, que estende esta obrigatoriedade da cultura indígena.
Em 2007 a publicação do programa ética e cidadania, que trás uma série de elementos como inclusão, direitos humanos, ética e cidadania, em textos de autores que discutem estes assuntos.
Em 2010, é  criado o estatuto da igualdade racial, porém  não é diretamente voltado à educação, mas trás alguns conceitos diferentes.
A diferença é uma temática que está em transformação, de algo que esta acontecendo não só no Brasil.
Devemos refletir especialmente sobre a diferença entre a universalidade dos direitos para todos e a particularidade dos direitos baseados em etnia, identidades ou comunidades.
Faz-se necessário pensar na desigualdade e na diferença, para que nossas escolas busquem vertentes mais justas e igualitárias.

Criança copia tudo o que vê

6a. Semana - Saúde na Escola

USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Prof. Li Li Min


As substâncias psicoativas são todas as substâncias que agem no sistema nervoso central e produzem alterações de percepção, de sentimento e de sensações e que são percebidas como prazerosas pelas pessoas que usam.
Existem as substâncias que são lícitas ou ilícitas. As pessoas quando usam essas substâncias buscam reações diferentes. O uso de diversas substâncias diferentes pode causar uma reação perigosa para a saúde.
A dependência destas substâncias é um fenômeno que tem vários fatores, e que todos estes precisam ser abordados para poder entender esta dependência.
Atualmente o uso destas substâncias está sendo aumentada, e em idades cada vez menores. Este uso em pessoas mais jovens tem um risco maior em termos de danos e dependência.
A idade em que a experimentação acontece é na adolescência, que é o momento da curiosidade. É importante que essa curiosidade possa ser satisfeita por pessoas próximas deste adolescente que vão dar informações corretas sobre essas substâncias.
Se conhecer sobre as implicações do uso de drogas não esta sendo o suficiente para prevenir, a falta de informação pode agravar este problema.
Alguns adolescentes têm uma maior vulnerabilidade ao uso de drogas, quando tem problemas com a autoestima, depressão, problemas com a aparência, entre outros.

A informação e exemplos de qualidade são essenciais para o adolescente. Quando ainda assim o uso acontece, é preciso avaliar o que esta acontecendo, qual a freqüência de uso, e se não se sentirem capazes para estar intervindo, procura – se um médico.
Nos casos de dependências existem tratamentos com psicoterapia comportamental, com o uso de medicações para tratar os sintomas da abstinência e pra tratar a presença de comorbidade, quando a pessoa tem a dependência e tem um outro tipo de quadro psiquiátrico que precisa ser tratado, desta forma o quadro será reduzido ou até extinto.



MÍDIA E COMPORTAMENTO
Prof. Li Li Min

Já estudamos que a infância e adolescência são momentos de grandes transformações física, psíquicas, com mudanças radicais e abruptas. Neste momento se estabelecem as atitudes, conceitos e valores, e formam a conduta. Este período constitui-se de maior vulnerabilidade a influencias externas.
A socialização é o processo pelo qual o ser humano interioriza valores, crenças, atitudes e normas de conduta que são próprios de seu grupo social ou sociedade, incorporando-as à sua personalidade.
A mídia constitui-se um importante meio de socialização, por seu acesso universal sem deslocamento, por não segregar e pela sua eficiência.
A mídia retrata modelos de conduta de uma determinada maneira, selecionam informações e conhecimentos, fornecem estímulos. Assim como os adultos, os adolescentes acham que a mídia influencia a todos, menos a si mesmo.

As crianças são influenciadas pela mídia, pois aprendem pela observação, imitação e pelas suas próprias atitudes. Os comportamentos agressivos são aprendidos pelos exemplos de modelos observados, e as crianças menores de 8 anos são mais vulneráveis, pois ainda não diferenciam a fantasia da realidade.
Estudos apontam que grandes exposições as mídias geram impactos negativos nas crianças e adolescentes, como atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, uma precocidade sexual, violência, transtornos alimentares, problemas escolares e uso de drogas.
As maiores porcentagens de violência estão nos desenhos infantis, tendo os heróis usando a violência como uma justificativa para resolver problemas.


As questões sexuais também são estimuladas pela mídia e os pais acabam não trabalhando com as questões de anticoncepção e DSTs, e na escola a sexualidade ainda é vista de forma muito anatômica, não sendo trabalhado com os sentimentos desta sexualidade.

A internet também oferece acesso fácil a sites pornográficos, e favorece a pedofilia e o cyberbullying. O acesso a internet deve ser sempre monitorado pelos pais, para que diminua o risco deste adolescente ficar exposto a conteúdos inapropriados.
A mídia acaba sendo uma atividade substitutiva de outras atividades, como os exercícios físicos, leituras e interação social.
Os vídeo games são uma mídia com interação. A participação ativa aumenta o aprendizado. As crianças que jogam vídeo game apresentam redução em atitudes pró sociais e assistenciais, aumento no pensamento agressivo e respostas violentas com retaliações a provocações. Aumento de sentimento de hostilidade, expectativa de que o outro seja violento, desensibilização da dor nos outros e aumento da probabilidade de interagir e responder a outros com violência. O jogo vicia e aumenta o tempo gasto com ele.
A publicidade tem um efeito modesto, mas considerável no consumo de bebidas alcoólicas e se utiliza de imagens sexuais e celebridades para convencer o público.
Os professores precisam conscientizar sobre a mídia, uso e abuso de drogas e sobre a  educação sexual.
Estamos em um meio multimídia de constantes avanços tecnológicos, porém é necessária uma educação crítica e consciente e utilizar tais meios de forma positiva e para um avanço, e nunca um retrocesso.