TDAH
Prof. Paula Fernandes
Não precisamos, como professores, fazer o DIAGNÓSTICO do TDAH, mas precisamos ter informações para identificar crianças que precisem de acompanhamento.
Algumas são agitadas naturalmente, nem toda criança com características de agitação tem realmente o TDAH.
“É um transtorno comportamental e neurobiológico, de causas genéticas e ambientais, que aparece na infância e pode acompanhar a pessoa por toda vida sofrimento"
*Caracterização pela tríade sintomatológica:
-Desatenção
-Hiperatividade
-Impulsividade
PREJUIZOS: *Desempenho acadêmico
*Relacionamento interpessoal
DESATENÇÃO:
· Dificuldade de prestar atenção a detalhes;
· Parece não escutar quando falam com ele;
· É facilmente distraído com estímulos alheios;
· Tem dificuldade de organização;
· Comete erros por descuido;
· Não segue instruções;
· Não termina suas tarefas;
· Perde coisas importantes
HIPERATIVIDADE
- Não consegue envolver-se em atividades silenciosas;
- Está sempre a “mil por hora”, “a todo vapor”;
- Agita mãos e pés ou se remexe na cadeira;
- Tem dificuldades em permanecer sentado;
- Corre axageradamente;
- Fala demais
Vai em outros locais, mexe com outros alunos....
IMPULSIVIDADE:
- Dá respostas precipitadas a perguntas não terminadas;
- Tem dificuldade em aguardar sua vez;
- Interrompe ou se intromete em conversas alheias;
Características:
ü ACOMETE 5 A 13% DAS CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR
ü PODE PERSISTIR NA VIDA ADULTA EM METADE DOS CASOS
ü MAIS COMUM EM MENINOS
ü NAS MENINAS: 10 – 25% DOS CASOS DE TDAH
Tipos de TDAH
- Predominantemente desatento
- Predominantemente hiperativo-impulsivo
- Combinado
- Predominantemente desatento:
Ø Mais comum no sexo feminino
Ø Alta taxa de prejuízo acadêmico
Ø São crianças desorganizadas, esquecidas, frequentemente distraídas, não copiam tarefa vivem no “mundo da lua”
Ø Alto nível de isolamento e retraimento
-> Inabilidades Sociais
-> Ansiedade e relutância para participar de atividades em grupo
- Predominantemente hiperativo-impulsivo
Ø São mais agressivas
Ø Altas taxas de rejeição pelos colegas
Ø Sofrem de “impopularidade”
Ø São agitadas, inquietas, e impulsivas
- Combinado - Perfil do TDAH
Ø Prejuízo muito grande no funcionamento global da criança (atenção, hiperatividade e impulsividade juntas, prejudicam todas as esferas em que esta criança esta inserida)
Ø São rejeitadas pelos colegas: agem sem pensar, são inadequadas socialmente, falham em ffazer planos e prever situações
Muitas vezes este tipo de comportamento passa despercebido pelos pais, e a escola é a mais próxima para encaminhá-lo a um tratamento adequado.
Sintomas mais evidentes:
ü Alteração nas habilidades lingüísticas
ü Falta de noção de espaço (desenhos, Tem dificuldade em se adequar a um espaço limitado)
ü Dificuldade de reconhecer símbolos gráficos(3 – E; p-q-d-b) Grande confusão
ü Dificuldade para ficarem sentadas e prestarem atenção
ü Pouca coordenação , motora -> desajeitada
ü Tendência a estar sempre em movimento, tem dificuldade em terminar a tarefa.
Diagnósticco
· É fundamental um diagnóstico profissional clínico (médico), (TDAH situacional), reunindo familiares, progessor
· Prejuízo em dois ou mais contextos
· Baseado nos critérios operacionais do DSM – IV ou CID -10
ETIOLOGIA/ CAUSAS
- Fatores Genéticos
- Fatores Biológicos/Físicos
- Fatores Psicossociais
CONSEQUÊNCIAS
- Baixo rendimento escolar
- A criança não consegue acompanhar sua turma
- Perda da auto-estima
- Tristeza e falta de motivação
- Dificuldades de relacionamento
- Predisposição à episódios depressivos graves
- Abuso de álcool e drogas (adol. Adulto)
- Adultos inseguros, com poucas habilidades sociais
TRATAMENTO
Relacionado à causa, específico para CADA CASO, avaliando todo contexto das condições com envolvimento da família e da escola
Multifatorial e ESPECÍFICO levando se em conta o contexto de cada um
POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO NA ESCOLA
Como o professor age?
Orientação/informação a pais, professores e crianças
Objetivos:
v Ajudar a criança, a família e os professores a compreender os sintomas e os prejuízos do TDAH
v Desfazer rótulos prévios (‘preguiçoso, sem interesse, etc”)
v Melhorar a autoestima das criança
v Pais: melhores estratégias para lidar com TDHA
Desfazer rótulos (ele não quer saber de nada.... A CRIANÇA/ ADOLESCENTE VIVE O RÓTULO que colocamos nelas)
Melhorar auto estima das crianças
Estudar melhores estratégias para se lidar com tais crianças
Crianças com TDAH tem dificuldade em planejar atividades futuras, dica: Calendários (colocando todas as atividades e acompanhando com a criança), calendário diário de atividades (lição de casa, aulas extras, passeios, educação física, etc) mês a mês.
RECONHECIMENTO E ELOGIOS
É uma intervenção baseada em contingências, premia quando há um comportamento , atitudes e respostas adequadas. DIFERENTE de chantagem.
Geralmente esta cça chama a atenção pelo negativo, inserida no contexto em sala de aula e o prof. O repreende e lhe dá atenção somente diante de comportamentos negativos.
A crianças precisa de elogio, reconhecimento, se sentir inserida no contexto de sala
Ajuda na impulsividade
Envolver / discutir com os pais.
O trabalho de um psicólogo será necessário para ajudar a criança a lidar com suas dificuldades e com as pessoas com quem convive.
RETARDO MENTAL E AUTISMO
Prof Paula Fernandes
Você tem algum aluno com retardo mental/autismo?
Como lidar com a inclusão? Ou com uma criança com tais características
RETARDO MENTAL
2 lados, o medo do diagnóstíco e a gratidão por saber o que realmente é, qual é o problema.
Pois quando os pais descobrem o real diagnóstico, a criança já passou por diversos profissionais da saúde que não conseguiram diagnosticar corretamente.
É mais fácil lidar com crianças com retardo mental quando já existe um diagnóstico médico confirmado.
DEFINIÇÃO:
v Pessoas com habilidades intelectuais abaixo da média (percebe que algo não vai bem em termos cognitivos)
v Início do déficit antes dos 18 anos de idade
v Consequências: problemas no funcionamento diário, na comunicação, na interação social, nas habilidades motoras (dificuldade ecsrita), nos cuidados pessoais e na vida acadêmica, rotina de vida,
v Prevalência: 1-2% da população geral
TIPOS DE RETARDO MENTAL
Leve – Atrasos na linguagem, mas consegue se comunicar, expressar suas necessidades, consegue fazer cuidados pessoais, conseguem estudar normalmente até o ensino médio, consegue até casar e talvez gerenciar uma casa
Moderado: Dificuldade na compreensão e uso da linguagem, complicação na comunicação e vida escolar
Cuidados pessoais e habilidades motoras: limitadas auxilio para toda vida
Vida acadêmica limitada benefícios com turmas especiais (habilidades básicas e sociais) Até consegue ir até certo ponto mas tem mais benefícios guando esta numa turma que trabalha especifica,mmente com cças com problemas similares
Grave: Inserir a pessoa num contexto social. Não ficam MAIS ESCONDIDAS em casa, mas ficam em instituições de crianças que
Graus maiores de prejuízos intelectuais, funcionais e motores
Déficits visuais e auditivos lesões orgânicas e desenvolvimento cerebral inadequado
Necessitam de atenção e cuidados especiais para tida vida
Estudo em instituições especiaalizadas. Diferente d e20 anos atrás. Leve e moderado em sala de aula, e graves em instituições que estimulem as crianças.
O QUE PODEMOS FAZER?
Identificação precoce (desde a gestação)- Preparo dos pais
- Tratamento: controle das alternativas comportamentais, agitação. Psicomotora, agressividade, hostilidade, hiperatividade, etc. Não tem cura, lida-se com as conseqüências comportamentais.
- Treino de habilidades sociais, estímulos favoráveis. Precisa inserir num grupo onde possa haver troca e estímulos
- Informação e treinamento de pais, familiares. Informação, conscientização da sociedade
ESCOLA
Informação e treinamento de pais, familiares e professores.
Maior número de estímulos possíveis
*Escola: como não tem cura, trabalho educacional especial para promover a máxima estimulação possível, respeitando as limitações de cada pessoa.
*Objetivo: Melhora das relações sociais e busca de qualidade de vida para todos (escola como um todo, pais, professores, colegas, aluno, etc)
É MUITO IMPORTANTE A INFORMAÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO, CONSEGUIR ESTIMULAR AO MÁXIMO A CRIANÇA COM ALGUMA LIMITAÇÃO
AUTISMO
Considerado um Transtorno invasivo do desenvol/to que causa prejuízos na interação social, atraso na aquisição da linguagem e comportamento esteriotipados e repetitivos
Incidência approx/te 2 a 5 casos para cada 10.000
Mais comum em meninos que em meninas
Características:
Geralmente Identificado com 2 anos e meio de idade, criança não fala, resiste aos cuidados paternos e não interage, enquanto taiss fatos já deveriam estar acontecendo
Bebês: Déficit no comportamento social, evitam contato visual, sem interesse na voz humana, indiferentes ao afeto
Crianças: Não seguem os pais pela casa, não tem interesse em brincar com outras crianças,
Interesse por brincadeiras estereotipadas, como por exemplo:
Movimento da RODA de um carrinho, fixando o olhar na mesma
-Cheirar e lamber objetos
-Bater palmas e levar o corpo para frente e para trás repetitivamente
-Fascinação por luzes, sons e movimentos
-Incomoda-se com mudanças em sua rotina diária, provavelmente respondendo de forma agressiva
NA ESCOLA:
v Não tem interesse em brincar com outras crianças; isola-se
v Não tem interesse por jogos ou brincadeiras, parece que nada a motiva
v Interesse por brinquedo específico ou parte deles, interesse só pela “roda”
v ATOS REPETITIVOS E ESTERIOTIPADOS
v Ataques de raiva diante da mudança na rotina
O QUE FAZER?
Tratamento individualizado
Intervenções conjuntas: educação especial (não necessariamente uma instituição especial), aconselhamento a pais, terapia comportamental, treino de habilidades sociais, medicações visando melhorar a qualidade de vida (pois não tem cura) e a adaptação da criança
45% das crianças com autismo: Comunicação verbal boa através da educação direcionada.
COMO A ESCOLA LIDA COM A INCLUSÃO SOCIAL DESTAS CRIANÇAS?
- A criança precisa de estruturação. Um ambiente organizado ajudará na organização interna da criança.
- Nunca dê mais que uma instrução ao mesmo tempo. A criança certamente se esquecerá de alguma coisa.
- Ao falar com a criança, olhe sempre nos olhos dela. Isso a ajudará a manter a atenção no que você está dizendo.
- Repita sempre as instruções, pois a criança precisa disso.
- Na escola, o professor deve procurar dar tarefas curtas para a criança. Se a for longa, é importante tentar dividi-la em tarefas menores para que a criança não tenha a sensação de que é longa demais e que nunca vai terminar tudo aquilo.
- Sempre valorize as coisas boas que a criança faz e as tarefas que consegue cumprir: ela provavelmente está cansada de saber de suas limitações, mas poucas vezes tem a oportunidade de ouvir sobre suas conquistas.
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