Powered By Blogger

domingo, 12 de dezembro de 2010

7a. Semana - Educação e Construção de Valores

PRÁTICAS DE CIDADANIA
Prof Patricia Junqueira


.
“A perspectiva psicossocial que entende a realidade social como um processo de construção histórico – cultural e essa perspectiva analisa a realidade social a partir das imbricações de várias lógicas que determina historicamente as transformações que acontecem na experiência humana. Neste sentido o sujeito humano é compreendido como um sujeito histórico, que se reconhece que é produtor dessa realidade social, cultural e histórica na qual esta inserido e ao mesmo tempo e determinado por essas conjunções históricas e culturais".
Conhecer inicialmente as características e o contexto de vida da realidade social em que se pretende trabalhar e a partir desta interlocução constante estabelecer parcerias que objetivem essa regulação das relações e a aproximação dos diferentes saberes.
A partir das escolhas, acontecem as AÇÕES, de acordo com crenças e representações atribuídas a cada indivíduo.

Para se fazer um trabalho social é necessário que o mesmo seja efetuado sob a perspectiva e necessidades da comunidade e não simplesmente propor um projeto provindo de acúmulos de conhecimento de pessoas “internas” à escola, e não inseridas na comunidade a que se trabalha. Se não houver interlocução com as práticas e as crenças das pessoas, encontraremos resistência no trabalho com a comunidade.
Estreitar relações entre o saber científico e o senso comum.. A relação entre o saber científico e o saber popular precisa ser mediado pela compreensão do sentido constituído pelo sujeito e pelas representações deste saber.
Etapas para a elaboração de projetos de atenção direta:
Ø  Reconhecimento, caracterização e contextualização do campo;
Ø  Estabelecimento de conversas, diálogos....
Ø  Estabelecimento de parcerias com comunidades-alvo e seus representantes, inclusive “figuras-chaves” desta comunidade;
Ø  Levantamento conjunto das demandas a serem atendidas;
Ø  Parceria SIMÉTRICA e HORIZONTAL (ninguém é melhor que ninguém);
Ø  Problematização das demandas e definição dos temas dos projetos (levantar os verdadeiros PROBLEMAS, a ORIGEM deles, para que o projeto seja mais efetivo, desta forma alcançando as questões de fundo para os problemas que esta comunidade apresenta;

Na elaboração do projeto é preciso:
Ø  Definir os objetivos (quanto mais sintéticos e claros, melhor a realização e definição das estratégias do projeto) ;
Ø  Público alvo (O que é de maior relevância? Por exemplo, em uma problemática como a indisciplina, pode-se não apenas trabalhar com as crianças em si, mas dar suporte à pais, responsáveis e outros cuidadores com a crianças)
Ø  Metodologias e estratégias de intervenção (APÓS as etapas anteriores, atingindo os objetivos determinados);
Ø  Resultados esperados;
Ø  Cronograma (sem um bom cronograma, é provável que o projeto “se perca” no decorrer do processso. Precisa haver um cronograma bem definido);

O FENÔMENO DO BULLYING
Prof. Kátia Pupo

Se adotou o termo em inglês por não se ter um termo que fosse adequado para representar o bullying, que pudesse dar conta de todos os fenômenos que se atribui ao bullying.
BULLYING: Atitudes agressivas que ocorrem sem uma motivação evidente, podem ser adotadas por um jovem/criança com relação AA outro, ou um grupo referente a outro.

v  Humilhações
v  Xingamentos
v  Difamação
v  Constrangimento
v  Menosprezo
v  Intimidação
v  Ameaças
v  Exclusão
v  Perseguições
v  Agressão Física
v  Roubo

Jovens: Ao estar em contato com jovens, eles achavam que não existia nada a ser feito a respeito, contra esta atitude.
As escolas, por reunir uma quantidade significativa de jovens e crianças o fenômeno do Bullying fica mais freqüente/ evidente.
Dados ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência):
  • 40,5% dos Adolescentes
  •  Ocorrem em Sala de Aula
  •  50% das vítimas não denunciam, por se sentirem ameaçadas, envergonhadas, etc
  •   Meninos: Agressão Física
  •  Meninas: Intrigas, difamação e exclusão

O fenômeno do bullying começou a ser estudados a uns 30 anos atrás. Ele ocorre geralmente em grupos de crianças e adolescentes, e na escola há um grande grupo de jovens e por isso acontecem muito neste local.
Os educadores precisam diferenciar o que é uma brincadeira de mal gosto de um bullying, senão corremos o risco de caracterizar algo isolado como tal.
1.      Acontece várias vezes
2.      Ação mais prolongadas, semestre, ano ou até anos
3.      Não há nada que justifique...
4.      Desiquilíbrio de poder, a vítima não tem possibilidade de defesa;.
5.      Normalmente o “mentor” do bullying não a pratica, são líderes e coagem outras pessoas para que elas executem a violência
6.      Dificuldade em lidar com lideranças
7.      Alguma característica faz com que a pessoa tende a ser uma vítima mais freqüente do bullying
8.      A criança/adolescente pode “provocar” a situação, por meio de suas próprias características, como portadores de DTAH.
9.      Os agressores tendem a ser jovens de desempenho escolar regular ou insuficiente
10.  Não tem escrúpulos em mentir para não assumir o caso
11.  Não costuma seguir regras, normalmente é agressivo, rude, etc
12.  EXPECTADORES: Muitas vezes assistem e não defendem nem denunciam, ou ainda incentivam a violência.
O FATO DE TER UMA DAS CARACTERÍSTICAS NÃO SIGNIFICA SER EXECUTADOR DE BULLYING, PODE SER UM CASO ISOLADO.... PARA SER BULLYING PRECISA SER FREQUENTE.

                               VÍTIMAS
  • Pouca habilidade de socialização
  • Dificuldade para reagir às agressões
  • Características físicas, comportamento, condição socioeconômica ou orientação sexual diferentes
  • Hiperativos e impulsivos
  • Muitas vítimas tornam-se agressores
  • Não pedem ajuda por medo de retaliação ou por não querer decepcionar os pais
AGRESSORES
  • Ambos os sexos
  • Desrrespeito às normas
  • Dificuldade de lidar com frustração
  • Liderança
  • Pequenos delitos
  • Desempenho escolar regular ou insuficiente
  • Ausência de culpa
  • Desafiadores e agressivos
  • Dificuldade em lidar com figuras de autoridade
  • Mentiras constantes


ESPECTADORES
  • Omissão diante de cenas de violência física ou moral
  • Passivos: medo de se tornarem vítimas
  • Ativos: dão apoio moral aos agressores
  • Alimentam impunidade
  • Contribuem para o crescimento do Bullying


CYBERBULLYING
OU BULLYING VIRTUAL
  • Uso dos recursos da internet
  • Efeito multiplicador e duradouro
  • Anonimato
  • Impunidade
  • Maioria adolescentes
  • Passível de ação penal



CONSEQUÊNCIAS
  • Tendência ao isolamento
  • Dificuldade de participar das discussões em sala de aula
  • Queda de rendimento escolar
  • Fobia escolar
  • Mudanças de humor
  • Insônia, sintomas de dor de cabeça, estômago
  • Irritadas, ansiosas ou tristes
  • Mais propensas a desenvolver transtornos afetivos, depressão, anorexia, bulimia, síndrome do pânico
  • Suicídio e homicídio



EM CASA OS PAIS DEVEM OBSERVAR SE AS CRIANÇAS ESTÃO COM MUITAS QUEIXAS, EVITAM IR A ESCOLA, SOMATIZAM  SINTOMAS...
OS PROFESSORES TAMBÉM PRECISAM ESTAR EXTREMAMENTE ATENTOS PARA NÃO SEREM CONIVENTES COM TAIS ATITUDES, QUE PODEM GERAR GRAVES CONSEQUÊNCIAS, ATÉ MORTALIDADES.

TODOS PRECISAM ESTAR CIENTES...
OCORRÊNCIA DE ASSEMBLÉIAS, CRIAR ESCOLAS DEMOCRÁTICAS,
EDUCAR PARA A PAZ, CRIAR UM AMBIENTE DE CONFIANÇA,
ESTABELECER MUITO BEM REGRAS E LIMITES.
EFICIÊNCIA AO MOSTRAR QUE TAL ATITUDE NÃO SERÁ TOLERADA !

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.