A RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR E ALUNO
Prof. Gabriel Perissé
Univ. Nove de Julho
A relação humana que se estabelece em sala de aula.
Conceitos
Alfonso López Quintás (1928 - )- Pensador/filósofo Espanhol
Livro: Descobrir a grandeza da vida: introdução à pedagogia do encontro, 2005
Direcionado à pedagogia do encontro.
A relação humana em sala de aula pode ser muito construtiva, mas muito destrutiva também!
EXPERIÊNCIAS REVERSÍVEIS/ BIDIRECIONAIS
“Nas experiências reversíveis, ou bidirecionais, duas realidades se unem. Continuam sendo diferentes, mas não estão uma fora da outra.”
(imagem duas mão se apertando) (Experiências reversíveis são realidades diferentes) Pode-se distinguir uma mão da outra mas estão além de unidas uma interpenetração, gesto de paz, desarmamento, união com foco a alguma proposta, ação de ida e volta, união e não “confusão”.
Não há relação autêntica se não há um relacionamento BIDIRECIONAL. Por ex transito (não defender apenas a si mesmo, sem interação do transito como um todo)
“ENCONTRO”
O encontro não se faz por mera aproximação física. Na definição de López Quintás, o encontro se realiza quando entramos em jogo com a realidade que tem algum tipo de iniciativa, promovendo-se um enriquecimento mútuo.
Filme Náufrago, qdo o personagem fica isolado, tenta fazer o fogo, não conseguindo se descontrola e começa e jogar coisas, com as mãos machucadas pega em uma bola onde ficam as marcas de sangue de suas mãos feridas, a qual tem a marca Wilson, deslumbra então nesta bola uma possibilidade de um rosto, desenha melhor um rosto, volta a tentar fazer o fogo e desta vez ele consegue. ELE NÃO ESTÁ MAIS SOZINHO. A partir deste fato ele se salva da loucura e da desesperança.
SE SALVA DA SOLIDÃO E DA LOUCURA!
Quando há um encontro verdadeiro, qdo se estabelece uma relação verdaeira com algum objeto, por exemplo o piano, mesmo qdo não se toca, ele fica lá. Mas qdo é possível realizar a ação sob o objeto, se estabele um AMBITO
Fonte: Video aula, site EVS.
Desta realidade nasce a iniciativa de uma relação não só de afeto, mas uma relação criativa para produzir valores, ciência, novas realidades, novas COMPOSIÇÔES.
Já não é somente um móvel, há um AMBITO, o objeto passa a ser um instrumento e o músico tem a oportunidade, possibilidades de exercitar, melhorar. Eu atuo sob o piano, e o piano atua sob mim.
Há várias realidades de que estabelecemos desta forma, estabelendo com o objeto uma relação criativa
Qto mais eu transformar o objeto, mais criativo serei.
O professor PRECISA ser um AMBITAL.
O ser humano pode ser ambitalizado , mas pode ser desambitalizado também, como um ser descartável.
Uma sala vazia é apenas uma sala vazia, não bastam os muros e cadeiras, mas que as pessoas percebam lá um ENCONTRO.
Quando uma sala de aula se transforma em campo de guerra se transforma em falta de ética,
Quando professores e alunos são seres ambitais, com experiências bidirecionais, quando há um CONHECIMENTO há tbém um nascimento, um jogo, em que as pessoas se jogam para aprender, para renovar, pode até cansar-se, mas há uma RENOVAÇÃO.
Há muito energia em sala de aula.
Stein? Mesmo cansado, quando sentava ao piano aos 90 anos ficava volta de 2 hr tocando, pois havia uma relação criativa
Tornemos mais presentes em sala, no dia a dia a disposição, uma relação de encontro, respeito, tolerância, diálogo, aceitação, exercitando suas atitudes e exercita sua busca de valores, não precisa ler uma declaração de direitos humanos para saber que todos gostam de ser bem tratados.
Procurar colocar em prática uma relação entre professores, entre o próprio conhecimento..
REFLEXÃO:
- Observar relações, é criador de AMBITOS?
- Professores podem construir ou destruir âmbitos, se refletindo em sua conduta .Você constrói ou destrói?
MODELOS DE ENSINO- Das concepções à prática pedagógica
Silvia Colello
Ciladas da prática que se esgota em si mesma:
- “Lobo em pele de cordeiro”
- Os fins justificam os meios?
- Insegurança do professor
- Falta de diretrizes
- Trajetória incerta dos alunos e resultados inexplicáVEIS
- Dificuldades de planejamento e avaliação
- Falta de diretrizes e de critérios para organizar o fazer pedagógico
“A educação, qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática” (PAULO FREIRE)
FIXISMO
Tudo gira gira, mas é sempre igual, as pessoas são sempre iguais, o mundo é sempre igual
ESSENCIALISMO
O homem tem uma base já imposta
1.INATISMO- O ser humano já vem pronto
2.EMPIRISMO- Ser humano como papel em branco para que possa se constituir
TRANSFORMISMO
O mundo esta sempre mudando, não se passa duas vezes no mesmo lugar, como novas águas correntes de um rio
RELACIONISMO
Ser humano se constitui a partir das relações com pessoas, objetos, situações, experiências, etc.
1.CONSTRUTIVISMO ou SOCIO CONSTRUTIVISMO: Ser humano que aprendde através das experiências e ações
FORMAS DEVER O MUNDO COMPLETAMENTE DIFERENTES
O aluno não entra em discussão, o professor é autoritário e senhor do saber, o que hoje é a escola tradicional. Homogeneidade do ensino, esperando desempenho igual para todos
INATISMO
O sujeito já vem pré programado, pré definido.
Desafio do professor: organizar o ensino e fazer com que o aluno pense.
Coerência, o que faz e o processo de ensino, atuar como problematizador.
CONSTRUTIVISMO
Não objetiva-se PASSAR conhecimento, mas que o aluno seja senhor do seu próprio aprendizado.
É IMPORTANTE COMPREENDER O PAPEL DO EDUCADOR,
PARA TAMBÉM REPENSAR A RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO.
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